O domínio da língua 09/10/2012
Posted by Maria Elisa Porchat in A Língua Portuguesa Adequada.Tags: estrutura da frase, exercício da cidadania, língua falada e escrita, libertação
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Falar o português adequado é uma necessidade, não só para o relacionamento pessoal, mas para o exercício da cidadania. Possibilita que o cidadão exponha adequadamente seu pensamento e que compreenda aquilo que ouve e lê, ampliando sua capacidade de agir dentro da sociedade.
Alguns questionam a utilidade do conhecimento teórico da língua; na escola, alunos arrancam os cabelos com o estudo de análise sintática. Porém, conhecer a estrutura de uma frase ou de um discurso permite ao comunicador estruturar e expressar o seu próprio pensamento.
A preocupação com o português adequado não deve ser uma mordaça que cale por inibição quem fala ou escreve. É o contrário. O estudo mostra o conhecimento das possibilidades de expressão e leva à constatação de que dominar a língua é usá-la com desembaraço, fluência e clareza; é empregar a linguagem certa para cada situação e público. Um deslize no português não causa dano num bate-papo de amigos, mas chega a ser catastrófico numa reunião profissional e mais ainda num relatório escrito.
Língua escrita e língua falada têm seus recursos próprios na elaboração de mensagens.
A falada atende às necessidades práticas do cotidiano, é dinâmica, funcional, repetitiva, natural, espontânea, imediata, sonora, é acompanhada de gestos, entonação, ironia. Tem expressividade e vivacidade. Usa mais o discurso direto e expressões populares.
A linguagem escrita, mesmo a informal, incorpora preocupações estéticas e conta com menos tolerância dos gramáticos quanto à desobediência de regras. A distinção não é rígida. Há quem escreva com observância rigorosa das normas e os que escrevem de forma coloquial. Mas tanto na língua falada como na escrita o indispensável é transmitir a comunicação de forma clara, forte, precisa, conveniente com o contexto e o propósito da mensagem.
O domínio da língua, para um indivíduo, significa desentrave, libertação e não opressão. A língua é um instrumento político.
Para ilustrar o post, minha prima Yara enviou a música Minha Pátria é Minha Língua do Caetano Veloso.
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