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Pós Flip 2012 07/08/2012

Posted by Maria Elisa Porchat in Literatura.
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A Festa Literária de Paraty no seu décimo aniversário teve como marca a criatividade na homenagem a Carlos Drummond de Andrade. Nos outros anos havia mais autores conhecidos do público nas mesas de debate, deixando a figura do homenageado meio de lado. Este ano, a   todo momento éramos lembrados da magnitude da obra do Drummond, como poeta moderno e presente no cotidiano brasileiro. No início de cada palestra, qualquer que fosse o assunto, uma poesia do poeta mineiro era recitada com originalidade. Ora na voz do próprio autor, ora por um dos convidados da Flip ou até mesmo por um ator contratado. Emocionou ouvi-la vertida para a língua árabe, na voz do sírio Adonis. Sempre que a poesia era recitada, o texto original aparecia em dois telões, para  ser  bem  entendida. Houve exposição de fotos e palestras sobre sua vida e sua obra e  sobre as cartas à sua filha Julieta.  

E das outras mesas, que não falavam de Drummond o que ficou na memória,  um mês depois? A mesa “Escritas da  finitude ” ainda martela na minha cabeça. Falou-se no que acontece no entorno da morte de alguém próximo e no quanto o desaparecimento de  uma pessoa    pode gerar  de vida e renovação . “Enquanto não me esfarelo, me distraio”.

E para encerrar, uma definição de literatura mencionada na Flip :

“ A literatura é como um fósforo aceso num lugar escuro.O fósforo não vai iluminar o lugar, mas vai mostrar o quanto a escuridão existe”.