jump to navigation

O conceito de certo e errado na língua falada 26/08/2010

Posted by Maria Elisa Porchat in A Língua Portuguesa Adequada.
Tags: , , , ,
add a comment

Mestres da língua evitam os adjetivos “certo” e  “errado” com referência ao português coloquial, preferindo substituí-los por “inadequado” ou “impróprio”. O erro agora é impropriedade, ressalvando-se os deslizes de ortografia, área em que as regras do português são mais rígidas, quase sempre inquestionáveis.

A língua coloquial adequada é aquela que atende às necessidades da situação do momento. Simplificando, há um discurso próprio para uma conversa entre amigos num bar e outro para uma entrevista de emprego, merecendo um e outro alguma ou nenhuma tolerância em relação aos deslizes gramaticais.

Entretanto, mesmo no que tange à linguagem informal, não se admite por parte de certos segmentos profissionais , desobediência  em relação às regras gramaticais e sintáticas, pela responsabilidade que têm como divulgadores do português não apenas adequado mas correto. Falo dos jornalistas, dos publicitários, dos educadores e de qualquer figura pública que fala para um grande público. Quem escolheu um desses ofícios não pode cometer pecados gramaticais. 

Muitas vezes, um profissional para não prejudicar e estilo informal na observância do português correto, precisa buscar um modo de se expressar que não seja o da afetação, nem o da inadequação, uma terceira via que alie o estilo descontraído com o correto, para servir de exemplo de respeito à língua a ser seguido e admirado pelo público que atinge.